Nós, participantes do Fórum Permanente de Mulheres desde o ano de 2002 que nos reunimos todas as segunda sexta-feira do mês, manifestamos o nosso repúdio as pífias explicações da supervisão de saúde do M’ boi Mirim onde a mesmo estando presente na reunião da Frente de Entidades na sub-prefeitura, informou que os exames como Mamografia, ultrassom vem sendo marcados porem sem o comparecimento da maioria das usuárias, os exames de colposcopia mesmo tendo um aumento no número dos encaminhamentos ainda não tem respostas para a região.
O atual sucateamento da saúde que vivemos é decorrente de planos de governos omissos, mal geridos e mal fiscalizados. Há uma omissão do Estado de longa data. As mulheres participantes do FPM vêm alertando os gestores e a população pela falta de planejamento, através de manifestos, sugestões em ouvidorias e organizações de grupos. Não somos nós as descomprometidas e culpadas desta situação.
O FPM no ano de 2009/10 desenvolveu uma pesquisa participante com as mulheres freqüentadoras do mesmo a fim de levantar qual a necessidade real das mulheres da região do M boi Mirim, partimos das UBS e chegamos aos AMAs, e toda a reclamação se repetia em diversos bairros.
A falta do médico para a assistência básica (ginecologista) levou inúmeras mulheres da nossa região a atravessar a cidade para que sejam atendidas no Hospital Pérola Byington (Considerado Hospital Integrado da Saúde da Mulher), por inúmeras vezes não dando continuidade ao seu tratamento por falta de recurso para o pagamento dos transportes, o direito de ir e vim em SP custa R$ 3.00.
Então, POPULAÇÃO, não se deixem enganar por uma fórmula "mágica" que surge para "organizar o sistema". Não se deixem enganar pela falácia de secretários e gestores, que hoje falam o que vocês querem ouvir: redução de filas, aumentarem o número de cirurgias, melhorarem o atendimento, a humanização, etc. Esta é uma forma de empurrar para baixo do tapete a responsabilidade deles, de GERIR BEM.
Nós, mulheres, sabemos bem onde estão os gargalos da saúde, e somos capazes de afirmar que esta política do PSF (Programa de saúde da família) é eficaz, mas não suficiente é necessário investimento e escuta detalhada das comunidades e famílias atendidas.
Fatos não nos faltam para provar a omissão do Estado, e a falta de investimento, mas pra onde vai o dinheiro? Nosso Estado é um dos mais ricos, e a população precisa mendigar saúde?
Não há planejamento de saúde para uma região que cresce tanto como a nossa. Um agricultor planeja quanto plantará no próximo ano, e na saúde não há previsão de aumento de número de leitos, de estrutura, de profissionais e de recursos financeiros.
Não sabemos o que teremos nos próximos anos, teremos as ultrassons na região? Teremos exames de colposcopia? Teremos mais médicos? Ginecologistas? Mais leitos? Uma maternidade nova? Não há planejamento baseado no crescimento populacional e suas necessidades.
Então, POPULAÇÃO, não se iluda com as palavras macias e confortáveis que são ditas pelos políticos, supervisores e diretores. Reflitam!
Não podemos ter uma saúde tão PÉSSIMA num estado tão RICO. Nossos políticos sabem desta riqueza tanto quanto nós!
Assumam, Governantes do Estado de São Paulo, as obrigações que são tuas!
Planejamento! Planejamento Claro! Planejamento de crescimento e expansão!
CAUSAS:
URGENTE: PLANO DE SAÚDE COM INTERVENÇÃO LOCAL E PARTICIPAÇÃO POPULAR;
1º - REALIZAÇÃO DOS EXAMES DE ULTRASSON, MAMOGRAFIA E COLPOSCOPIA NA REGIÃO;
2º - ENTREGA DOS AGENDAMENTOS EM TEMPO HÁBIL PARA A ORGANIZAÇÃO DAS PACIENTES;
3º - GARANTIA DO MÉDICO GINECOLOGISTA DE EMERGENCIA NOS AMAS DE ESPECIALIDADE;
4º - CRIAÇÃO DO AAMEM – AMBULATÓRIO DE ASSISTENCIA MÉDICA ESPECIALIZADA DA MULHER COM ATENÇÃO INTEGRAL;
5º - AUMENTO DOS LEITOS HOSPITALARES DO HOSPITAL DO M BOI MIRIM;
6º - IMPLEMENTAÇÃO DO HOSPITAL TERCIÁRIO NA REGIÃO;
Realização: Fórum Permanente de Mulheres – M’ boi Mirim – SP.
Apoio: Rede de Educação Cidadã – Zona Sul.
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