quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Lançamento do Hip Hop conectando quebradas: de Inocência a Maria da Penha.



É por amor aos nossos! Musicalidade saída da alma do Grupo de hip Hop Fora da Freqüência, assim começamos a falar do encontro dos coletivos: A BANCA, Centro Maria-Mariá e o Fora de Freqüência que motivou a participação popular dos moradores dos Jardins Nakamura e Alto do Rivieira e causou na cena paulistana periférica com Grafiteiros, MC’s, Educadores Populares, Arte-Educadoras (es), DJs e muito, muitos Poetas Escondidos.
A abertura da oficina de grafite pelo Binho 3º Mundo, falou e mostrou muito mais que o risco nas paredes mostrou o desejo, a grandeza do seu sonho, o tamanho que você pode ter. Disse também que “quem está nesta só pelo dinheiro, deverá buscar outra forma”, pois é o relaxamento a curtição o maior ganho desta ação.
O seminário/roda de conversa foi o ponto alto da participação do Maria-Mariá com dados da região e do município de SP sobre a violência contra a Mulher, deu-se inicio a mesa formada pela Educadora Social Rosa Pontes do Instituto Semeando Gênero e do Gabriel do Instituto Sou da Paz, sinalizando possíveis formas de enfrentamento a criminalização de gênero além das violências sofridas pelas mulheres da periferia de SP. O objetivo foi alcançado, movimentamos a cena local, partilhamos os nossos saberes, desenvolvemos o nosso senso de escuta e aprendizado. As falas advertindo para a necessidade de mudança foi o ponto alto da mesa “a mudança deverá ocorrer de dentro pra fora”, “todos somos machistas a pergunta é sou um machista em transição?” e “devemos ser todos feministas”.
Partimos então ao final da mesa para um delicioso caldo cultural acompanhado pela oficina do DJ Bola do coletivo A BANCA, demonstrando de forma prática os arranjos do hip hop e as técnicas da discotecagem, todos que estavam inscritos puderam colocar a mão na massa. Deliciados pelo Caldo de mandioca com carne seca, numa tarde de por do sol estonteante, demos inicio a apresentação cultural com os coletivos: Fora de Freqüência, Pelo $erto, Matéria de Rua, KB MC, coleta seletiva e Poesia Periferia, além do divertido ensaio aberto, onde todos podemos ser os donos do microfone e das pick-ups.
Encerramos a tarde de sábado com o desejo de quero mais, quero mais gente nas ruas, quero mais crianças descendo e subindo os morros de barro, quero mais vida na quebrada, quero mais homens e mulheres pensando de forma diferente, mas com o objetivo em mente somos todos iguais, queremos que a juventude esteja reunidas com boas conversas, com boas musicas, com boas amizades, com bons desejos e com muitos sonhos de serem MAIS;
Vamos para o próximo com o tema: “Gênero, desenvolvimento e cultura” a ser realizado nas escolas da região.
Ressaltamos ainda a não participação da Supervisão de Cultura da subprefeitura do M boi Mirim, falamos nisto não com aperto no coração pela não participação, mas pelo desaforo de em outros momentos colocarem os projetos da região como sendo algo apoiado pela supervisão, o que no nosso caso, será mera falta de informação, pois o nosso projeto, nossos encontros e todos os seus encaminhamentos foram feito nós por nós mesmos com a participação da secretária municipal de cultura como patrocinadora, o poder público não se encontra em nenhuma outra ordem em nossas ações.                                                                                                                         
Por Fabiana Ivo
Contatos: (11) 5833-6580 CMM  E-mail: centromariamaria@hotmail.com  

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